Especialista recomenda exploração das águas subterrâneas do país




Benguela - O especialista em recursos hídricos da Universidade de Coimbra (Portugal), José Manuel Azevedo, considerou hoje, em Benguela, importante o aproveitamento equilibrado entre as águas subterrâneas e as de ocorrência superficial, em função das elevadas bacias hidrográficas existentes em todo o território angolano.
 
O especialista, que falava ao Bengueleno, no termo do curso de mestrado de geociência administrado pela universidade lusa, na cidade do Lubango, disse que Angola, à semelhança de outros países, denota também assimetrias na distribuição do líquido precioso.
 
"Há zonas extremamente secas com poucos recursos hídricos, sejam superficiais como subterrâneos e outras zonas em que elas existem com grande abundância", frisou.
 
Para o efeito, o especialista recomenda a solidariedade entre regiões, havendo necessidade de melhorar as captações de água, os sistemas de distribuição, a rede de sistema em alta e em baixa.
 
José Manuel Azevedo frisou que neste sentido se tem caminhado para em primeiro proteger as captações que já existem e eventualmente até recuperar algumas e construindo novas captações.
 
Reconheceu igualmente que o país tem feito uma aposta clara em construir um número elevado de captações de furos de água para a exploração das massas de água subterrâneas.
 
Defendeu, por outro lado, a necessidade de se recuperar as principais linhas de água, os principais rios e depois dessa fase o restabelecimento da qualidade das águas superficiais a partir também para a captação das águas superficiais.
 
Aconselhou o incremento das captações locais, fazendo furos de pequena dimensão, trabalhando em dois patamares, um em grande escala com abastecimentos muito localizados e outro em escala mais alargada a nível regional ou provincial.
 
Chamou a atenção para uma gestão equilibrada dos recursos subterrâneos, superficiais e de todo o modelo de distribuição que está a ser construído paulatinamente nesse sentido.
 
Instado a pronunciar-se sobre a problemática da estiagem que assola a região centro do país, José Manuel Azevedo disse haver um equilíbrio entre a exploração das águas superficiais com as subterrâneas.
 
Para diminuir o problema da estiagem, ressaltou a necessidade de se apostar nas captações de águas subterrâneas preparadas para responder as necessidades.


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